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domingo, 1 de outubro de 2006

E hoje, um poema para os últimos tempos...


Candeias e Solidão

Trazia toda a luz em mim
Ganha da vida alegre que já tive.
Hoje trago lágrimas sem fim
Que cobrem meu corpo em declive.

Tudo o que guardei com certo carinho,
Estão agora, meu corpo, meu ser, minha alma,
Trincados violentamente por mim, sozinho,
Por cada canto que esquecia a calma,

Largando fogo de candeias ardentes
Em cada perna, em cada mão,
Nos meus cabelos, olhos... até aos dentes...
Para ver se matava a solidão.

Bruno Torrão



Candeias e Solidão, by magnotico®, Dez.'04

by: magus

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